sábado, 7 de março de 2015

Amores

Advinha quem foi o premiado com insônia dessa vez? Pois é. Acertou. O mais impressionante desses momentos é que eles duram horas, mas durante esse tempo passa um filme de anos na sua cabeça. Assunto? Você mesmo: vida e obra. Ou vidas e obras. E nesse filme você visita lugares queridos, revisita situações, especula sobre o imponderável, relembra e celebra o amor... Digo, os amores. Sim, todos nós temos amores. Muitos. De vários tipos, graças a Deus! Exista um só tipo de amor, e você ou terá os sonhos mais loucos com sua família, ou o afeto por um cônjuge se restringirá a tomar-lhe a bênção. 

O amor que irradiamos volta para nós. Volta? Volta! Ainda que seja em forma de frustração. Quando você imagina uma situação X e ela acontece diferentemente do que você tinha imaginado (quanto ao amor, não dá pra planejar... só resta imaginar!) você sente o golpe, mas só acusa se quiser. Levanta, sacode a poeira, e... chora com os ciscos nos olhos? Só se quiser! Dar a volta por cima não é garantido, mas chorar não é obrigatório.

Digo isso porque esses dias segurei no colo o filho de um amor meu. Esse amor nasceu quando eu tinha onze anos, e até os quinze ele fez parte direta da minha vida. Vi esse amor dar os primeiros passos, falar as primeiras palavras, e o levei à escola pela primeira vez. Hoje, esse amor é pai de uma pequena cópia sua, a quem segurei no colo, mas não está presente em sua vida agora por circunstâncias da vida. Somos reféns das escolhas que fazemos? Não só nós, mas todos à nossa volta.

Amor, grande amor meu, você faz falta. Na minha vida, e, de alguma forma, na de todos. Torço pra que tudo se resolva da forma mais certa possível. Estou triste demais, até contigo, mas nunca deixei de te amar. Afinal, se o amor um dia acaba, ele nunca foi amor.

J.E.

Nenhum comentário: